AUDITOR DO TCU ESCREVE CRÔNICA SOBRE A FORMIGA E O ELEFANTE

O Auditor Federal de Controle Externo-Área de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, Antônio Moreno, escreveu e publicou em uma lista de Auditores do TCU a crônica humorística que a ANTC reproduz abaixo.

Escrita de forma irônica e muito bem humorada, a narrativa diz respeito aos ataques do Diretor Administrativo do Sindilegis e Diretor Jurídico da Auditar amplamente divulgados pela mensagem intitulada 'Editorial'. Na referida publicação, o representante das duas entidades fez duras críticas à iniciativa de autoria de 1/3 dos Senadores da República que apresentou a PEC 40/2016, também conhecida como PEC do Padrão Mínimo dos Tribunais de Contas.

A iniciativa propositiva para inibir novas 'pedaladas fiscais' expõe o caráter republicano dos Senadores e visa estabelecer um padrão mínimo nacional para o controle externo brasileiro, com a uniformização nacional das atribuições finalísticas dos Auditores de Controle Externo dos 34 Tribunais de Contas - de forma a evitar desvios de função que podem levar à nulidade das decisões -, além de criar condições jurídicas para edição do código nacional do processo de controle externo e da lei orgânica das Cortes de Contas.

Moreno, como é conhecido, também escreve poesia para Revista TCU Arte. A crônica é divulgada neste espaço com a permissão do autor. Boa leitura!

"Gigantes da representatividade na Casa revelam-se agora anões, pela simplória opinião.

Não é pelo número de associados que se reconhece a grandeza de uma associação, mas pela grandeza das ideias que dissemina e pela perseverança das ações que leva a efeito.

A eventual leviandade do ataque a outra entidade confirma que quem grande se considera termina por apequenar sua importância quando a entidades menores se dirige com a proeminência do desespero.

No presente caso, realça menos o tamanho do “elefante” do que a estatura subestimada da “formiga”. Isso não minimiza o valor da “formiga”, visto que está causando frêmito.

A simples discordância de uma entidade não tem o condão de desautorizar ação diversa de outra entidade.

Não posso negar que no momento presente simpatizo com a ideia da entidade "perseguida" e, por isso, respeito sua movimentação. Mas está longe de ser uma paixão.

Ora, se a “divisão de auditores" dá-se em razão de interpretação quiçá equivocada da lei que rege os cargos de Auditor, que se busque a dissipação das dúvidas em outros currais e arribanas, sob a batuta de mentes mais esclarecidas.

Foi dito que “pelo que consta, a entidade que representa os auditores é a Auditar”. Isso é inverossímil e denota apropriação equivocada.

A Auditar não me representa, pois não lhe passei procuração, e isso basta para descredenciar o autor do Editorial quanto à afirmação.

Por fim, todo o Editorial traduz-se numa bravata, para intimidação de “entidade menor”, pela errônea imaginação da insignificância da “formiguinha”.

Apesar da injúria, a “formiguinha” não responde... não esperneia... não se intimida... não joga conversa fora. Só trabalha. É de sua própria natureza.

Trabalhe, “formiguinha”, trabalhe!

E que isso sirva de exemplo a “elefantes” que se valem mais do excessivo porte do que de casual eficiência que lhes possa produzir reconhecimento."


Fonte: Comunicação ANTC.

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