As constantes "maquiagens" realizadas pelo governo federal para inflar o resultado primário brasileiro será um dos temas expostos pelo Contas Abertas na reunião anual entre o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Com um painel específico sobre transparência fiscal, o Contas Abertas representará a sociedade civil brasileira nesse importante evento que será realizado no mês de outubro na capital norte-americana, Washington, onde ocorrerão diversos debates e sessões plenárias com temas relativos ao desenvolvimento global e às políticas de inclusão social.
A entidade será representada no evento por Leonardo Fernandes, advogado, economista e especialista em finanças públicas. Na ocasião, o Contas Abertas poderá expor de forma objetiva inúmeras questões que dificultam o controle social sobre o orçamento público e impedem a plena transparência no uso do dinheiro dos impostos da população brasileira.
Entre os temas que o Contas Abertas pretende abordar está a prática conhecida como "pedalada fiscal", descoberta pela entidade no início do ano. A manobra consiste em postergar despesas de um ano para o outro, ou, até mesmo, de um mês para o outro, no intuito de melhorar o superavit primário de determinado período.
Debate sobre 'pedalada fiscal' já alcançou mais de 49 mil acessos na página da Associação.
Saiba mais:
Artigo da Presidente da ANTC ganha repercursão nas redes sociais.
A Presidente da ANTC foi entrevistada pelo Contas Abertas e esclareceu os principais aspectos da 'pedalada fiscal', em especial os efeitos no processo eleitoral.
Confira a íntegra da entrevista.
A ANTC reunirá a síntese de trabalhos realizados pelos Auditores de Controle Externo do Brasil sobre transparência fiscal e encaminhar a contribuição da classe ao Contas Abertas de forma a contribuir com o debate internacional. Se você fez trabalhos profissionais ou acadêmicos dessa natureza, faça uma síntese e encaminhe suas contribuições para a ANTC!
Durante uma semana, especialistas do mundo inteiro poderão abordar os mais variados assuntos pertinentes à sociedade, desde políticas de desenvolvimento sustentável até de redução da pobreza e transparência fiscal. O convite do Banco Mundial objetiva aumentar a presença e a voz da sociedade civil de países em desenvolvimento nessas reuniões.
Para o secretário-geral do Contas Abertas, Gil Castello Branco, o convite expressa reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo de quase uma década. "O nosso objetivo é buscar maior transparência nos gastos públicos e a melhoria das políticas públicas necessárias ao desenvolvimento do país", afirma.
Fonte: Comunicação ANTC com informações do Contas Abertas.